Como Postar Selfies e Mandar Nudes Sem Ser Cancelado/a/e
Resumo do artigo publicado no evento IX COMA : Pontos de Fuga. Organizado pelos alunos do Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da Universidade de Brasília (UnB)
Nos últimos vinte anos, os dispositivos com câmeras frontais, como webcams, smartphones e tablets, se tornaram cada vez mais comuns em nosso cotidiano. Aos poucos, deixamos de estar atrás das câmeras para estarmos frente as câmeras. O ângulo de visão muda e tudo torna-se autorreferencial, como afirma o teórico (e artista) espanhol Joan Fontcuberta. Selfies, nudes, vlogs, stories, lives – as autoimagens, os autovideos inundaram o ciberespaço. Especialmente nessa pandemia ocasionada pelo COVID19, em que as telas eletrônicas substituíram os corpos. Desde 2016, me debruço sobre essa recente produção autorreferencial, especialmente a selfie e o nude, na tentativa de buscar compreendê-las. Tal busca se iniciou nas minhas produções artísticas, como por exemplo na instalação Selfie Service (2016-2019) e na performance Manda Nudes (2018-2019). E continuou na minha dissertação de mestrado. Neste mergulho, me deparei com outros/as artistas, como Silvino Mendonça e Aleta Valente, que também pensavam a respeito de tal temática. Além disso, me deparei com as complexidades que circundam essas autoimagens. Os impactos, as diretrizes, a circulação e tudo aquilo que extrapola. O que está em jogo numa curtida? Para algumas pessoas, a legitimação da própria identidade. Pois as redes sociais se tornaram ferramenta para escrever a própria narrativa (e a própria ficção). O Show do Eu, como denomina a pesquisadora argentina Paula Sibilia.
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